quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Carta ao meu amor platônico.

 Mais um Festival do Rio acaba., e o que me entristece não são os filmes que se vão, é o fato de não ter te encontrado.
Meus olhos lhe tocaram apenas seis vezes na minha vida, três delas em ipanema, onde costumo ir sempre que posso, duas em festivais passados, e a ultima na mesma rua onde existem ao meu ver os principais cinemas do festival.
Dessas seis vezes tive coragem de lhe dirigir a palavra apenas uma unica vez, a dois anos atrás, lembro-me que era um dia de chuva, assim como em quase todos os dia em que lhe vi, lembro-me que quando lhe vi imediatamente comecei a temer, e não queria perder aquela chance, com meu caderno de poemas e uma caneta me aproximei e pedi seu telefone, "- não prefere meu email?" você disse, e eu respondi "não, pode ser ser o telefone mesmo" e me arrependo amargamente por essa resposta, chovia muito, você anotou e pegou um taxi.
Demorei um mês para tomar coragem de te ligar, e quando tentei várias e várias vezes, vários e vários dias, prefiro acreditar que não entendia seus numeros ou coisa assim, mas seu nome estava lá, Natasha, assim como escutei uma amiga te chamar em um bar da segunda vez que te vi.
Depois disso te vi uma vez no cinema, você estava com outro cara que ignorei a presença, mas quando você me viu corri para o segundo andar, e te contemplei do espelho que para baixo refletia, derrepente da mesma forma que te via você me viu, mas não conseguia mais me mover.
Muito tempo se passou e muita coisa aconteceu, dezenas foram os poemas que escrevi pensando em ti, mas os meses foram passando, a vida nos engolindo, e em um simples dia em que caminha rapido e discutindo ao telefone perto do cinema em direção ao metro ali lhe vi, linda, perfeita, como sempre, estava em uma mesa, com outro cara, parei, anndei de um lado paqra o outro, sentei na mesa de frente a tua, pedi ao garçom uma coca e tentei fingir estar ali por acaso, mas você me percebeu, sim, será que você ainda lembrava de mim? Acendes-te um cigarro, e reparei que era a mesma marca de sempre, acendi um tambem, "mas que droga, porque minhas mão sempre tremem quando te vejo?", estava perdido, não sabia o que fazer, no entando te olhava como que hipnotizado em cada detalhe teu e não conseguia disfarçar, ele foi ao banheiro, você estava só na mesa e eu gritava para mim mesmo "va falar com ela, faça alguma coisa, ao menos deixe um bilhete em sua mesa com seu email e vá embora, faça alguma coisa!", mas não conseguia mexer um sequer musculo, não consegui, ele voltou, fiquei por mais alguns instantes e fui embora. Uma angustia gigantesca me tomou, camufladamente comecei a chorar, era mais um dia de chuva.

Um comentário:

  1. Quanto mais distante, mais se deseja, quanto menos se conhece, mais se idealiza.E no fim, quando se conquista, quando se tem, a decepção é inevitável.A realidade costuma ser bem diferente do que o que pensamos, desejamos e idealizamos, você confirma isso todos os dias.Amor e afins são perda de tempo.Melhor jogar Winning Eleven e comer Fandangos.Desgasta menos, diverte mais e nunca, NUNCA decepciona.

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