terça-feira, 23 de novembro de 2010

Esvaindo.

Os passáros cantam à revelia.
O sol nasce de mansinho.
Como a vida que aos poucos vai se esvaindo.
Dentro, dentro uma enorme tristeza
Que matou o sono e o velho dia.
Anda em passos miudos, para não ser percebido.
Mas logo andou toda a sala querendo andar o mundo.
Encontra-se desajeitado com a vergonha, tenta se explicar.
Explicação para sanar, um caes para se afogar.
E tem medo, muito medo.
De a vida passar e só na sala andar.
Desajeitado tropeça na memória.
Grandes feitos e nada de grande para contar.
Ambição tem se muitas, vontade também.
A luta é incansável, mas meu bem não vem.

Já está amanhecendo

E a dor de tentar me encontrar é gritante.

domingo, 14 de novembro de 2010

Dias de trincheira.

 Tive uma semana absolutamente terrível, com dias de azar, brigas, e má sorte que o que se resume é o velho ditado "era melhor eu nem ter levantado da cama".
Estou no mês de vestibular, e dia 4 do proximo mês tem o que eu considero o mais importante para mim. No quartel tive que morrer um dinheiro sério para não tirar serviço - "quem quer rir tem que fazer rir também" não é esse o ditado? -, fiz compras que não devia fazer esse, tive despesas excedentes e isso tudo quebrou completamente meu orçamento esse mês já entrando em defict para o próximo.
E estando em reta final de vestibular eu fico louco de ódio quando este ser que me deu a luz não me deixa estudar puxando ofensas e tentando criar um conflito a troco de nada, pelo simples prazer de alimentar sua loucura, insanidade, e violência, criando um ambiente impossível para se viver.
Não consigo nem expressar tal ódio, são anos e mais anos a fio sofrendo as coisas mais absurdas que um filho pode sofrer de sua progenitora.
Mas aprendi com os anos que o ódio bem canalizado é uma boa arma, da qual me é uma fonte a mais de energia e vivacidade nos estudos.É pelo estudo que vou sair dessa merda, é pelo estudo que vou crescer, é pelo estudo, trabalho dedicado, esforço, e inteligência que vou vencer.
 Eu almejo o topo, e vou conseguir custe o que custar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dias de esperança.

  Hoje não tenho o que reclamar para falar a verdade, visando que esse blog foi criado com o objetivo do desabafo, então vou contar provavelmente apenas para mim mesmo as impressões de minhas ultimas semanas.  Na semana passada eu visitei a faculdade de moda que eu realmente quero fazer, tanto a do bairro Riachuelo quando a da Barra, e o que tenho a dizer é que fiquei muito impressionado com as duas, apesar de ambas terem diferenças estruturais obvias, as duas são de excelente qualidade, e o fato do vestibular dela cair apenas conhecimentos gerais, português (cinco das dez questões interpretação de texto) e redação, justamente as matérias que mais gostava na escola e que era melhor, tirando historia que não se inclui na grade desse vestibular, somada a mais outras informações que tive conhecimento sobre a faculdade me deixaram em um estado de animo, felicidade, e esperança que me deixou literalmente beirando às lágrimas por muitas horas.
 Sinto inclusive racionalmente que muita coisas serão resolvidas se eu realmente conseguir entrar, principalmente se for no Riachuelo, na parte da manhã e com o direito ao alojamento (há vê se ai uma das melhores coisas depois obviamente do curso e sua qualidade), e estou realmente empenhado nessa missão, fazendo disso literalmente uma missão de vida para esse ano, tanto porque se eu não passar nesse ano os danos serão imensuráveis, pelo fato de por lei da idade perder a pensão, perder o plano de saúde que o emprego de meu pai cobre aos filhos dos funcionários, eu sem saída ter que continuar morando aqui, decepicionar meu pai e de certa forma desonrar a familia (é, ter sangue japonês pesa), e sem contar a ruina viva que meu estado de espírito ficaria.
  Por isso e por minha paixão por moda criei toda uma estratégia de estudo baseado nesse diferente vestibular, que por egocentrismo (não era bem essa palavra que queria usar) não vou postar aqui com medo que minha estratégia de estudo seja copiada por meus adversários.
É, sou altamente competitivo sim, apaixonado por moda, literatura, economia, jornalismo, psicologia, política, e porque não a pornografia de classe. Afinal, não esta tudo isso intimamente ligado?
 Enfim, tenho estudado com um afinco ferrenho, e exaustivamente se somado infelizmente com meu serviço obrigatorio no exército.
Mas a vida é isso ai, para ser superada a cada dia, e os sonhos para serem alcançados.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Reflexões do dia seguinte.

Estas páginas pegarão fogo em meio à um coração gelado.
Afunda, afunda, em direção ao céu.
Você nunca sabe o quão alto ou baixo está.
Tenta fingir sorrisos no espelho e ate se acha simpático.
Que culpa se tem não lembrarmos de como sorríamos quando crianças?

De noite antes de dormir você quer ser o mundo e não consegue dormir.
De dia não quer ser nada, e não ter que acordar.
Nenhum aperto de mão vai te consolar mais que seu cobertor.
Mas quem vai pagar as contas?

Mais um dia, mais uma mentira.
Quem poderá nos punir por isso?

Sarcasmo militar.

 Exército é um lugar estranho de se trabalhar, soldado T..., treinado para matar e suportar a pressão, a dor, e o desconforto. É, periodo básico é foda.
 Dei sorte, fui para a melhor área da pior seção, enquanto o pessoal sofre na cozinha ou refeitorio eu tenho uma sala com uma cadeira confortavel, mesa com computador, um ar condicionado pifado e um chefe que me considera um filho, e quando não de serviço (é um inferno) eu faço apenas a arrumação do meu estoque de gêneros "A" e alguns trabalhos meramente adiministrativos.
O que me deixa puto dos nervos é ter que suportar a piruação de gente mediocre, feia, sem a mínima educação e ignorante como uma porta, que por apenas ter mais anos de serviço ou uma patente a mais se acham deuses, principalmente sobre nós recrutas.
 Eles só não percebem ou não querem enxergar que eles são todos militares temporários, que não podem ficar mais de 7 anos no exército, e que proximo ano estou livre do serviço militar, certamente fazendo minha faculdade, e o dinheiro que vou ganhar daqui para frente é muito mais do que eles ganham ou jamais vão ganhar na vida.
Maldoso? Não, realista. Como uma frase excepicional que aprendi com um bom sargento enquanto dava esporro nos outros; "Que culpa eu tenho que eu estudei e vocês não?".
hahahaha

domingo, 10 de outubro de 2010

Ninho envenenado.

E toda a vida como um erro, nada me toca, nada me interessa, uma folha perdida no vento.
Maldita hora que você me botou no mundo, para que? Eu só queria um pouco de familia e disso que chamam de amor.
Mas enfim, agora sua criação cresceu, então cale a boca, é só eu por eu mesmo como foi sempre.

As vezes odeio tanta coisa, acho que ninguem deveria saber.
Como foi foda crescer como cresci, viver tudo que vivi.
Agora estou tão triste que sem duvida sumiria.

Mas a vida cobra um pouco mais que isso, e eu tento juntar tudo de bom e seguir em frente
É, eu sei, fui fraco, voltei, mas pelo pouco de bom que resta em mim ainda, tenho que ir embora de novo
Tenho que sair dessa casa depressa, antes que eu me desespere.

E antes de qualquer coisa mãe, eu só gostaria de te dizer que te odeio e que não iria nem para o seu enterro se eu pudesse.
Pode ter certeza que eu vou ser muito, mas muito melhor do que você fala que sou, porque melhor que você eu já sou faz tempo.
E que se esse seu deus de merda que você diz tanto me odiar existir mesmo, você vai direto para o inferno por tudo que você fez, pode ter certeza.

sábado, 9 de outubro de 2010

Liberdade.

Liberdade, o que é liberdade?
Estudar e trabalhar anos e mais anos a fio atrás de um condição confortavel ou viver a deus dará relaxando todos os dias?
Permanecer com a mente sempre sã ou usufruir de quimicas que te levem a lugares e sensações inimaginaveis?
Ter uma familia e amigos ou não estar preso a ninguem?
Ter objetivos  na vida ou fazer da vida semplesmente um objetivo?
O que é a liberdade?

Se a liberdade é um estado de espírito, porque não consigo alcançar esse estado de espírito?
Gostaria de ter muito, muito dinheiro mesmo, para viajar para todos os mais belos e diversos lugares do mundo, saber todos os idiomas e não ser timido , para conversas com todo o tipo de gente de todos os lugares.
 A vida não é facil, tem-se que passar em uma faculdade, fazer uma carreira, trabalhar para conseguir um pouco mais de espaço, conforto e liberdade (não depender de ninguem se é uma grande liberdade, mas depender de um trabalho não é estar preso?) e não morrer de fome, conquistar uma bela pessoa, tem-se que ter uma obra de arte para se envelhecer juntos e ter lindos filhos, e docil mulher, para não se amargar ao longo dos dias, uma familia, para não morrer só.
Tem-se tantos objetivos grandes e difíceis na vida, e o dinheiro nisso tudo, porque afinal, como se pode viajar pelo mundo e ter um agradavel conforto quando se precisa dinheiro?
Infelizmente não posso ficar invisivel e muito menos tenho o dom de voar, todos precisam de dinheiro, e siguinifica liberdade de certa forma quando você começa a refletir ; "quanto preciso para conhecer tal país ou lugar", "gostaria de comer tanto aquela deliciosa torta (por exemplo) mas está muito cara hoje", "gostaria muito de dar tal presente para essa pessoa querida... ", e como disse, ninguem pode ficar invisivel para sair pegando as coisas por ai e nem voar para ir-se aonde quer, quando quiser, à qualquer hora, infelizmente.
Então tende-se a tentar construir um futuro melhor para alcançar a liberdade,  e acaba-se preso nela.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Carta ao meu amor platônico.

 Mais um Festival do Rio acaba., e o que me entristece não são os filmes que se vão, é o fato de não ter te encontrado.
Meus olhos lhe tocaram apenas seis vezes na minha vida, três delas em ipanema, onde costumo ir sempre que posso, duas em festivais passados, e a ultima na mesma rua onde existem ao meu ver os principais cinemas do festival.
Dessas seis vezes tive coragem de lhe dirigir a palavra apenas uma unica vez, a dois anos atrás, lembro-me que era um dia de chuva, assim como em quase todos os dia em que lhe vi, lembro-me que quando lhe vi imediatamente comecei a temer, e não queria perder aquela chance, com meu caderno de poemas e uma caneta me aproximei e pedi seu telefone, "- não prefere meu email?" você disse, e eu respondi "não, pode ser ser o telefone mesmo" e me arrependo amargamente por essa resposta, chovia muito, você anotou e pegou um taxi.
Demorei um mês para tomar coragem de te ligar, e quando tentei várias e várias vezes, vários e vários dias, prefiro acreditar que não entendia seus numeros ou coisa assim, mas seu nome estava lá, Natasha, assim como escutei uma amiga te chamar em um bar da segunda vez que te vi.
Depois disso te vi uma vez no cinema, você estava com outro cara que ignorei a presença, mas quando você me viu corri para o segundo andar, e te contemplei do espelho que para baixo refletia, derrepente da mesma forma que te via você me viu, mas não conseguia mais me mover.
Muito tempo se passou e muita coisa aconteceu, dezenas foram os poemas que escrevi pensando em ti, mas os meses foram passando, a vida nos engolindo, e em um simples dia em que caminha rapido e discutindo ao telefone perto do cinema em direção ao metro ali lhe vi, linda, perfeita, como sempre, estava em uma mesa, com outro cara, parei, anndei de um lado paqra o outro, sentei na mesa de frente a tua, pedi ao garçom uma coca e tentei fingir estar ali por acaso, mas você me percebeu, sim, será que você ainda lembrava de mim? Acendes-te um cigarro, e reparei que era a mesma marca de sempre, acendi um tambem, "mas que droga, porque minhas mão sempre tremem quando te vejo?", estava perdido, não sabia o que fazer, no entando te olhava como que hipnotizado em cada detalhe teu e não conseguia disfarçar, ele foi ao banheiro, você estava só na mesa e eu gritava para mim mesmo "va falar com ela, faça alguma coisa, ao menos deixe um bilhete em sua mesa com seu email e vá embora, faça alguma coisa!", mas não conseguia mexer um sequer musculo, não consegui, ele voltou, fiquei por mais alguns instantes e fui embora. Uma angustia gigantesca me tomou, camufladamente comecei a chorar, era mais um dia de chuva.